domingo, 10 de agosto de 2008

Rússia e Geórgia esquecem a guerra e celebram a paz no pódio em Pequim

A competição é de tiro e os países estão em guerra, mas a cena é de paz. O conflito na Ossétia do Sul não impediu que Natalia Paderina, da Rússia, e Nino Salukvadze, da Geórgia se abraçassem no pódio em Pequim. Elas aproveitaram a competição de tiro esportivo nos Jogos celebrar o espírito olímpico. O bronze de Salukvadze na pistola de ar de 10 metros foi a primeira medalha da Geórgia na competição e, após a cerimônia de entrega de medalhas, ela e Paderina se abraçaram para as fotos e trocaram beijos numa demonstração de amizade. Tudo isso um dia depois de a delegação georgiana considerar a possibilidade de deixar os Jogos, o que acabou sendo descartado pelo Comitê Olímpico.

- É uma medalha muito importante para a Geórgia, especialmente em tempos como estes. Estou muito nervosa hoje. São horas difíceis para o nosso povo - diz Salukvadze. O governo da Geórgia pediu à equipe, formada por 35 atletas, incluindo quatro brasileiros naturalizados e que jogam no vôlei de praia, que permanecesse nos Jogos apesar do conflito na província separatista da Ossétia do Sul, que já deixou pelo menos mil mortos. O Comitê Olímpico Internacional comemorou a decisão do Comitê da Geórgia de permanecer em Pequim. - O COI entende que é a decisão mais acertada, sobretudo para os atletas - disse na coletiva de imprensa a porta-voz Giselle Davies.

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Marta desencanta, meninas vencem Coréia do Norte e lideram o Grupo F

Eleita pela Fifa a melhor jogadora de futebol do mundo nos últimos dois anos, Marta desencantou nas Olimpíadas de 2008 neste sábado e ajudou a seleção brasileira feminina a vencer por 2 a 1 a Coréia do Norte, em Shenyang. Daniela Alves também marcou, e Kum Suk Ri descontou nos acréscimos.

Com quatro pontos, o Brasil lidera o Grupo F por ter mais gols marcados. Na próxima terça-feira, o time encara a fraca e eliminada Nigéria na última rodada, às 6h (de Brasília), em Pequim, e precisa apenas de um empate para ir às quartas-de-final. Os dois primeiros classificados de cada chave avançam, assim como os dois melhores terceiros lugares.

Se terminar na liderança, provavelmente a equipe de Jorge Barcellos vai encarar os Estados Unidos, que devem ficar com a segunda posição do Grupo G. Nas últimas Olimpíadas, a seleção americana ganhou a medalha de ouro vencendo as brasileiras na final. Liderada por Marta, o Brasil deu o troco na Copa do Mundo de 2007, eliminando os EUA na semifinal. As americanas fizeram até um comercial pedindo a revanche contra a seleção canarinho em Pequim.

A Alemanha, que bateu a Nigéria por 1 a 0 mais cedo, é a segunda colocada do Grupo F, também com quatro pontos. As norte-coreanas aparecem em terceiro, com três. A Nigéria, sem pontuar até agora, está eliminada. Alemanha e Coréia do Norte se enfrentam terça, em Tianjin, também às 6h (de Brasília).

Uniforme sem escudo da CBF

Agência/AP
Ronaldinho e os demais jogadores do time masculino assistem ao jogo das meninas
A seleção entrou em campo sem o escudo da CBF. A pedido do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a organização aceitou tirar o emblema da camisa, já que o regulamento do Comitê Olímpico Internacional (COI) determina que os atletas não podem participar dos Jogos com símbolos de federações nacionais no uniforme.

No domingo, o time masculino também enfrentará a Nova Zelândia sem o escudo e as cinco estrelas do pentacampeonato mundial. Mais uma vez, o time de Dunga foi ao estádio neste sábado prestigiar as meninas e levou ao delírio os torcedores em Shenyang.

Correria norte-coreana, gols brasileiros

O técnico Jorge Barcellos começou a partida com uma mudança. A zagueira Érika entrou como titular, no lugar de Andréia Rosa, que atuou contra a Alemanha na estréia. E Érika teve que suar bastante no início do jogo: as norte-coreanas corriam muito, indo para cima da defesa brasileira, mas abrindo espaço para contra-ataques.

O nervosismo marcou os primeiros minutos da seleção brasileira. Marta chegou a receber um cartão amarelo por reclamação. Assim como na estréia, o calor atrapalhava. Várias vezes, as jogadoras foram à beira do gramado beber água.

Afoita, a seleção da Coréia do Norte acabou sendo castigada pelos próprios erros, para alegria das brasileiras, que tentavam ir à frente com Marta, Daniela Alves e Cristiane.

Aos 14 minutos, o primeiro gol do Brasil nos Jogos de Pequim. Jong Ran Om recuou para a goleira Myong Hui Jon na área, Daniela Alves não desistiu da jogada e correu atrás da bola. A camisa 1 norte-coreana se enrolou, a atacante brasileira roubou a bola e abriu o placar.

Agência/EFE
Marta abraça Daniela Alves, autora do primeiro gol do Brasil nas Olimpíadas
O Brasil cresceu após o gol. E quase chegou ao segundo seis minutos depois. Marta arrancou pela esquerda e cruzou para Formiga, que deu um peixinho mas pegou mal na bola, que foi para fora.

O segundo gol saiu aos 22, com a melhor do mundo. Marta iniciou o contra-ataque no meio-campo e deu para Cristiane. A camisa 11 avançou pela esquerda, chegou perto da área e tocou para Marta, que entrou pelas costas da zagueira. A craque ganhou a dividida com duas rivais, virou-se e tocou para o fundo da rede: 2 a 0.

Aos 26, Marta teve a chance de marcar de novo, mas cabeceou para fora, rente ao travessão, depois de um cruzamento de Rosana.

Logo no início do segundo tempo, a camisa 10 teve grande chance na pequena área, mas a goleira Myong Hui Jon defendeu. Porém, a Coréia do Norte cresceu e passou a sufocar as brasileiras.

Aos 11, Son Hui Kil cobrou escanteio e quase marcou um gol olímpico, evitado pela goleira Andréia. Dois minutos depois, a zaga brasileira se enrolou e Un Gyong Ri perdeu a oportunidade de diminuir o placar.

O Brasil segurou a correria asiática até os acréscimos, mas a Coréia do Norte conseguiu descontar com Kum Suk Ri, já aos 47.

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Blake é o primeiro a vencer no tênisBlake é o primeiro a vencer no tênis

James Blake é o primeiro homem a vencer no torneio de tênis das Olimpíadas de Pequim. Por causa da chuva, o americano, número 8 do mundo, teve de esperar mais de 2h além do previsto para fazer sua estréia, mas esteve sólido em quadra e superou, por 6/3 e 7/6, o australiano Chris Guccione (90). Blake teve de suar no segundo set para chegar ao triunfo. Guccione, que se aproveitou da quadra rápida para aplicar seu saque-e-voleio, confirmou seu serviço sem problemas na parcial. No 12º game, o australiano ainda conseguiu um break point que, se convertido, lhe daria a vitória no set. Guccione, porém, errou uma devolução de segundo saque e desperdiçou a chance. No tie-break, Blake foi mais consistente. Guccione cometeu dois erros não-forçados, e o americano conseguiu duas belas passadas. Sem problema, o número 8 do mundo fechou o game de desempate em 7/3. Blake agora aguarda o resultado do jogo entre o brasileiro Thomaz Bellucci (82) e o eslovaco Dominik Hrbaty (266), que também está programado para este domingo.

Mais chuva, e estréia de Federer atrasa

Pouco depois o fim do jogo de Blake, voltou a chover em Pequim, e a rodada foi paralisada mais uma vez. Cerca de seis horas depois do horário previsto para o começo dos jogos do dia, apenas cinco partidas foram concluídas em Pequim.

A estréia de Roger Federer, inicialmente programada para acontecer por volta das 7h30m (de Brasília) deste domingo, não começará no horário e, dependendo do tempo na capital chinesa, pode ser adiada para a segunda-feira.

Confira os resultados dos jogos concluídos até agora

James Blake (EUA) 2 x 0 Chris Guccione (AUS) 6/3 e 7/6(3)
Fernando González (CHI) 2 x 0 Peng Sun (CHN) 6/4 e 6/4
Nikolay Davydenko (RUS) 2 x 0 Ernests Gulbis (LET) 6/4 e 6/2
Tomas Berdych (TCH) 2 x 0 Xinyuan Yu (CHN) 6/1 e 6/2
Guillermo Cañas (ARG) venceu Frederic Niemeyer (CAN) por 3/6, 4/2 e abandono

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A dois segundos do fim, Lituânia vence campeã olímpica Argentina

A atual campeã olímpica Argentina começou com derrota a defesa do título. Neste domingo, os sul-americanos foram derrotados pela Lituânia por 79 a 75, em partida válida pelo grupo A. Kleiza foi o herói do jogo ao acertar uma cesta de três pontos a 2,1 segundos do fim. Ginobili foi o cestinha do jogo, com 19 pontos. Na próxima rodada, terça-feira, às 11h15m, os argentinos enfrentam a Austrália. A Lituânia pega o Irã, segunda, às 22h.
Os dois times começaram a partida errando bastante no ataque. O índice de erros foi grande – chegava a 50% para a Lituânia e 30% para a Argentina nos arremessos de dois pontos. O placar baixo de 14 a 11 representou bem os 10 primeiros minutos. Uma bela infiltração de Ginobili, quando a Argentina ficou à frente do placar em 17 a 16, e uma cesta de três de Siskauskas logo em seguida eram raros momentos de bom basquete. Na metade final do quarto, porém, o jogo melhorou. A Lituânia tentava desgarrar no placar, mas Delfino mostrava eficiência e Ginobili aparecia com preciosas assistências. No final do primeiro tempo, os europeus venciam por 34 a 30. O terceiro quarto foi o mais equilibrado. Os dois times se revezavam no placar. Se o aproveitamento nos arremessos não era o ideal, a vibração das equipes compensou. Os lituanos foram para o quarto final vencendo por 51 a 45. E com uma cesta de três de Lukauskis, a Lituânia abriu 10 pontos de vantagem, faltando menos de 8 minutos para o fim.

Os europeus mostravam mais consistência e mantiveram uma diferença entre 8 e 10 pontos. Mas, faltando 2 minutos, Ginobili e Delfino comandaram a reação da Argentina, que encostou em 75 a 73. Faltando 1min34, Scola deixou tudo igual – 75 a 75. A 2,1 segundos do fim, Kleiza acertou seu terceiro de três arremessos de 3 e fez 78 a 75. No arremesso livre, a Lituânia fez mais um e sacramentou a vitória.

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Brasil vence rival fraco, mas mostra que pode dar a volta por cima em Pequim

A seleção brasileira masculina de vôlei demonstrou que é possível juntar os cacos depois de uma grande decepção. Após o quarto lugar na Liga Mundial do Rio de Janeiro, pior resultado em oito anos da “Era Bernardinho”, e uma briga durante um treino, a equipe mostrou que pode dar a volta por cima. Mesmo enfrentando uma equipe fraca como o Egito, o Brasil entrou com uma postura agressiva em quadra e venceu na estréia dos Jogos Olímpicos de Pequim por 3 sets a 0, com parciais de 25/19, 25/15 e 25/18. Foi o primeiro passo do time para o bicampeonato olímpico. Desde que Bernardinho assumiu o comando do Brasil, em 2001, a seleção acumula mais de vinte títulos, incluindo, além do ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, dois Campeonatos Mundiais, duas Copas do Mundo e seis Ligas Mundiais. O técnico espera que, apesar dos acontecimentos dos últimos dias, o ciclo seja encerrado com sucesso, consagrando ainda mais os jogadores. E a vitória na estréia foi essencial para que o desejo do treinador se concretize. Postura diferente da apática nas finais da Liga Mundial

Agência/Reuters
Marcelinho e Gustavo armam bloqueio na estréia
A partida começou com uma hora de atraso em função do jogo anterior entre EUA e Venezuela, que foi para o tie-break. Como já vinha fazendo nos jogos da Liga Mundial, o técnico Bernardinho optou por deixar o meio-de-rede Rodrigão no banco e pôs em quadra o levantador Marcelinho, os ponteiros Giba e Dante, o oposto André Nascimento, os centrais Gustavo e André Heller, além do líbero Serginho. Os primeiros quatro pontos da partida foram de erros do Egito, o que deram a frente do placar para o Brasil. Um bloqueio de André Nascimento e André Heller deu o quinto ponto. Marcelinho seguiu no saque até o sexto, quando errou o serviço e o Egito rodou pela primeira vez. A partir daí, a vantagem que era de seis caiu. Os egípcios cresceram, usando bem o bloqueio e forçando o saque. Com 13 a 9, chegaram a fazer uma linda jogada: salvaram um ataque no fundo, correram para salvar a bola e contra-atacaram com eficiência. O ginásio foi à loucura. Mas Dante logo acabou com a festa ao cravar da linha de 3 metros e fazer 14 a 9. O Brasil penou um pouco no meio do set com os saques dos egípcios. Estava difícil acertar o passe, já que com a bola nova o fundamento fica complexo. Mas as demais jogadas sustentaram a seleção na frente do marcador. O bloqueio consistente com Giba e os centrais deram o set point ao Brasil, que desperdiçou ao não conseguir defender, apesar do esforço do líbero Serginho, o ataque rival. Na seqüência, porém, um golpe de vista do jogador garantiu o set: 25 a 19.

Agência/Reuters
Bernardinho e sua habitual tensão durante o jogo
No segundo set, os brasileiros deram continuidade ao que fizeram no período anterior. Apesar da dificuldade no passe, os demais fundamentos funcionaram com eficiência. O tão cobrado bloqueio apareceu com Gustavo, jogador que nas finais da Liga Mundial esteve apagado. Na verdade, a principal diferença, não só nele, mas na equipe, foi a postura. Agressivos, os jogadores deixaram de lado a apatia que tomou conta no fatídico fim de semana dos dias 26 a 27 de julho e jogaram o conhecido vôlei do Brasil. Assim, fecharam em 25 a 15.

O terceiro set foi o mais fácil de todos. Depois do nervosismo da estréia no primeiro período, o Brasil foi se acertando ainda mais em quadra e dificultando a vida do Egito. Marcelinho conseguiu distribuir bem as bolas, tirando o ataque do bloqueio. Neste momento da partida, o passe já não era problema. Serginho e Giba estavam certinhos na posição de recepção. Com 11 a 8 no placar, o técnico Bernardinho substituiu André Heller por Rodrigão. Bruninho e Anderson também entraram na inversão de 5-1, saindo André Nascimento e Marcelinho. Com a seleção brasileira rendendo bem em quadra, 20 a 15, Murilo entrou no lugar de Dante. O levantador deu o 23º ponto para o Brasil ao fazer um ace. Um triplo bloqueio da seleção encerrou em 25 a 18.

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